A história transcorre no século XVI, nas redentantes selvas nordestinas onde é hoje o litoral do Ceará. Neste blog poderemos observar a vida de Iracema, a pura virgem dos lábios de mel, retratada por José de Alencar com muito afinco nos recursos de nossa língua; Riqueza e vida é o que encontraremos neste livro. Nossa desejo é passar cultura e entretenimento à todos e que façam da leitura um hábito sadio no dia a dia.

INTRODUÇÃO


Um dos mais belos romances da nossa literatura romântica, Iracema é considerado por muitos “um poema em prosa”. A trágica história da bela índia apaixonada pelo guerreiro branco é contada por José de Alencar com o ritmo e a força de imagens próprios da poesia. 
Em Iracema, José de Alencar construiu uma alegoria perfeita do processo de colonização do Brasil e de toda a América pelos invasores portugueses e europeus em geral. O nome Iracema é uma anagrama da palavra América. O nome de seu amado Martim remete ao deus greco-romano Marte, o deus da guerra e da destruição. 
O livro foi publicado em 1865 e o autor demonstra, já a partir do título, um evidente trabalho de construção de uma linguagem e de um estilo que possam melhor representar, para o leitor, “a singeleza primitiva da língua bárbara”, com “termos e frases que pareçam naturais na boca do selvagem”. 
O livro, sub-titulado Lenda do Ceará, conta a triste história de amor entre a índia tabajara Iracema, a virgem dos lábios de mel e Martim, primeiro colonizador português do Ceará. Além disso, o assunto do livro é também a história da fundação do Ceará e o ódio de duas nações inimigas (tabajaras e pitiguaras). Os pitiguaras habitavam o litoral cearense e eram amigos dos portugueses. Os tabajaras viviam no interior e eram aliados dos franceses. 
José de Alencar recorreu a circunstâncias históricas, como a rixa entre os índios tabajaras e pitiguaras e utilizou personagens  reais, como Martim Soares Moreno e o índio Poti, que depois viria a adotar o nome cristão de Antônio Felipe Camarão. Mas José de Alencar cercou-os de uma fértil imaginação e de um lirismo próprios da poesia romântica. 

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